Ontem fui ver o Biutiful. Foi um pouco em cima da hora, mas visto que estava na minha lista de filmes a ver antes da cerimónia dos Óscares, lá fui, mesmo estando adoentada. Antes de mais tenho que dizer que é uma miséria um cinema não ter pipocas salgadas. “Só temos doces.” E se enfiassem as doces num sítio que eu cá sei! Enfim, passando à frente.
Esta é a história de Uxbal, um homem em conflito, que luta para reconciliar a paternidade, o amor, a espiritualidade, o crime, a culpa e a mortalidade entre o perigoso submundo da Barcelona moderna. O seu meio de subsistência é ganho com biscates, os seus sacrifícios pelos filhos não têm limites. Tal como a vida, esta é uma história circular que termina onde começa. À medida que o destino o cerca e que vão sendo ultrapassados limites, um caminho fusco e redentor que se vai iluminando. Iluminando as heranças outorgadas de pai para filho, e a mão paternal orientadora que guia os caminhos da vida, sejam bons, maus - ou belos.
Biutiful é um filme de 145 minutos de excelente fotografia e óptimo trabalho de Javier Bardem, mas uma treta no que toca a argumento. O filme é lento e enorme, mas nem é isso que me fez ficar reticente quanto ao filme, porque não é o primeiro assim, nem será o último. O que me desgostou foi o argumento não ter muito nexo, não é falta de sentido, é nexo. Porque a meio do filme perde-se um pouco o fio à meada e nessa altura comecei a ficar aborrecida. Perdeu muito por isso, na minha opinião. Foi um filme difícil de ver até ao final, o que é uma pena porque o filme é bonito. E para ajudar a sala estava super abafada e comecei a sentir-me ligeiramente claustrofóbica.
kisses & hugs *
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