Título: Demência
Autor(a): Célia Correia Loureiro
Editora: Alfarroba
Páginas: 400
Classificação: ★★★★★
Sinopse (Goodreads):"No seio de uma aldeia beirã, Olímpia Vieira começa a sofrer os sintomas de uma demência que ameaça levar-lhe a memória aos poucos. A única pessoa que lhe ocorre chamar para assisti-la é a sua nora viúva, Letícia. Mas Letícia, que se faz acompanhar das duas filhas, tem um passado de sobrevivência que a levou a cometer um crime do qual apenas a justiça a absolveu.
Perante a censura dos aldeões, outrora seus vizinhos e amigos, e a confusão mental da sogra, Letícia tenta refazer-se de tudo o que perdeu e dos erros que foi obrigada a cometer por amor às filhas. O passado é evocado quando Sebastião, amigo de infância de Olímpia, surge para ampará-la e Gabriel, protagonista da vida paralela que Letícia gostaria de ter vivido, dá um passo à frente e assume o seu papel de padrinho e protector daquelas três figuras solitárias…"
Opinião:
Começo por dizer que não tenho por hábito ler autores portugueses. Uma vergonha, eu sei, mas sou bombardeada com tantos livros que me interessam, essencialmente estrangeiros, que deixo os autores portugueses de lado; para não falar de que sai muito mais barato comprar livros ingleses - as minhas visitas à biblioteca ainda são muito recentes. Mas ao ler a sinopse (e ver que a Mafi tinha gostado dele) fez-me ficar com a pulga atrás da orelha e avançar para a sua leitura.
Comprei o livro directamente à autora - que incluiu uma dedicatória muito simpática (Obrigada, Célia!) - e tenho a referir que gostei imenso do cuidado e do carinho que a Célia tem para os seus leitores e a forma ternurenta de que ela fala do seu "filhote".
A história prende-nos desde o início. Temos Olímpia, uma velhota que começa a sentir os primeiros efeitos da falta de memória; e Letícia, com as suas duas filhas, que foge de um passado que quer esquecer e onde é constantemente relembrada e recriminada de um crime que a própria justiça a absolveu. Olímpia e Letícia encontram-se ambas desamparadas, e apesar de não se darem, sabem que precisam uma da outra para sobreviverem. E as suas histórias entrelaçam-se de uma forma muito emotiva.
A escrita é tão delicada e tão simples - mas longe de ser pobre ou sem sabor. Gostei do livro de uma forma que não estava à espera, de todo. Apesar do titulo prever uma história pesada (o que é um facto) é uma história verdadeiramente intensa, bonita e... fantástica, muito bem construída. Recomendo vivamente a leitura deste livro. Porque a história é bonita e, mais do que isso, porque é uma história bonita de um autor português! E há que dar valor ao que é nosso - se assim merece.
Comprei o livro directamente à autora - que incluiu uma dedicatória muito simpática (Obrigada, Célia!) - e tenho a referir que gostei imenso do cuidado e do carinho que a Célia tem para os seus leitores e a forma ternurenta de que ela fala do seu "filhote".
A história prende-nos desde o início. Temos Olímpia, uma velhota que começa a sentir os primeiros efeitos da falta de memória; e Letícia, com as suas duas filhas, que foge de um passado que quer esquecer e onde é constantemente relembrada e recriminada de um crime que a própria justiça a absolveu. Olímpia e Letícia encontram-se ambas desamparadas, e apesar de não se darem, sabem que precisam uma da outra para sobreviverem. E as suas histórias entrelaçam-se de uma forma muito emotiva.
A escrita é tão delicada e tão simples - mas longe de ser pobre ou sem sabor. Gostei do livro de uma forma que não estava à espera, de todo. Apesar do titulo prever uma história pesada (o que é um facto) é uma história verdadeiramente intensa, bonita e... fantástica, muito bem construída. Recomendo vivamente a leitura deste livro. Porque a história é bonita e, mais do que isso, porque é uma história bonita de um autor português! E há que dar valor ao que é nosso - se assim merece.
amoooo o lay out deste blogue!
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