Trocas e Baldrocas de Pensamentos.

Falta uma semana para eu fazer anos e nem estou para aí virada, este ano.

Não sou pessoa que liga muito a isso, pois tenho um historial ligeiramente desagradável no que toca a essa data. Se, ao longo dos quase 21 anos, tive umas cinco festas de aniversário é porque já estou a exagerar. Como dá para perceber faço ano em plenas Ferias Verão. Ou seja, nesta altura, toda a gente está fora da cidade a passar férias. Nunca ninguém estava por perto para fazer uma festa de aniversário, como todas as crianças gostam. Cheguei a fazer, uma ou outra vez, uma festa de aniversário dois meses – senão mais – depois do meu real aniversário. Acho ridículo e, por falta de local e essas tretas, acabou-se por desistir de me fazer festas de anos.

Até aqui tudo bem, não me aflige não ter tido festas de aniversário, nem é os anos a passarem que me afligem – se bem que estar a ver que cheguei aos 21 anos sem grande coisa feita, que perdi muitas oportunidades e que desperdicei muito tempo com… nada, me deixa ligeiramente triste, mas isso é simplesmente culpa minha. O que me aflige é o esquecimento.

Sei que aprece frívolo, mesquinho e essas tretas todas, mas eu só queria que não se esquecessem de mim, pelo menos uma vez por ano. Convenhamos que até nisso estou habituada. Sendo um tempo de férias, descanso e assimilares ninguém se preocupa com os aniversários dos outros. Até os meus próprios pais se esquecem da data como posso pedir que as outras pessoas se lembrem?

Sim, os meus pais esquecem-se do meu aniversário. Lembro-me perfeitamente de duas situações. Uma delas, os meus pais esqueceram-se totalmente da data e eu, com o meu orgulho ferido mas sempre erguido, calei-me bem calada, pensado que se calhar andavam a preparar alguma. Não foi o que aconteceu – o curioso que é, fora duas ou três pessoas, toda a gente se esqueceu nesse ano. Eu não referi nada até ao dia seguinte em que agradeci o maravilho aniversário que eles me deram [/sarcasmo].

Outra situação foi que planearam a viagem de férias precisamente para o dia em que eu fazia anos. Até gostei, porque anos antes tínhamos feito o mesmo. Só que em vez de irmos directos para Braga andamos a passear e a visitar coisas, tal como eu – e eles – adoramos. Mas não foi o que aconteceu nesse dia e eles só se lembraram porque quando chegamos a Braga a minha avó improvisou um bolo com um queque e uma vela velha.

Conclusão: não há. Estou habituada a passar o meu aniversário sozinha e que a maioria se esqueça. Há que dizer também que não me posso queixar do ano passado que foi o melhor aniversário de sempre, e tenho-o tão bem guardado na minha memória. :')

Sinceramente, este ano não me apetece fazer nada. Nem tenho planos e nem… bem, nem sei se vale a pena. Ao contrário dos outros anos, este ano está-me a fazer um bocado de fornicoques e não sei bem porquê. Tenho pensado bastante no assunto “vamos todos esquecer o aniversário da minii” e tem-me deixado triste. Ai que estupidez. `Às vezes da-me uma vontade tão grande de me esmurrar!

Agrh! E depois de tanta merda junta – que foi este post – vou-se-me embora e fazer o almoço e pensar em coisas que valham a pena.

kisses & hugs *