terça-feira, 25 de outubro de 2011

E vou para o Inferno

Ontem, depois de sair da faculdade, vim o caminho todo no metro a pensar no cheirinho, que já sente à saída do metro, a castanhas assadas. Meti na cabeça "é hoje que vou comer as minhas primeiras castanhas do ano". Estava eu a sair do metro, um rapazito com um colete azul ceu da UNICEF aproxima-se de mim e tentar falar comigo. E eu, automaticamente mandei o rapaz embora a dizer que não tinha dinheiro para dar - visto que todas as semanas há uma instituição nova na faculdade a pedir ajuda e eu por mais que queira ajudar - e ajudo - não posso ajudar todas, todos os dias. Mas assim que me afastei do rapaz, com ele ainda a seguir os meus passos, segui o maravilhoso cheiro a castanha assada e fui ter com a mulher pedir meia dúzia delas. Sim, preferi comprar meia dúzia de castanhas para o meu lanche do que ajudar a UNICEF. O rapaz olhou para mim com um ar desiludido, e confesso que me senti  mal, mas eu não posso ajudar todos os dias e todas as instituições que me apareçam à frente. Algumas têm de ficar para trás. Talvez noutra altura, ajude.

4 comentários:

  1. Cá está uma seguidora que pouco fala. Mas vou falar mais vezes, prometo.

    Eu percebo tão bem o teu sentimento. Eu não sou pessoa de trazer muito dinheiro na carteira, as vezes trago mesmo contado. E algumas vezes que ia para a rua de sta Catarina, no Porto, saía de lá com o pior sentimento do mundo porque nao podia dar dinheiro a ninguém (e eles estao em todas as esquinas). Aquela rua é horrivel, e nunca mais lá ponho os pés. Sao pessoas cegas, com animais, deficientes motores... Horrível. Quando tenho um dinheiro extra na carteira ajudo, mas é raro, porque o medo de ser assaltada é maior (dai que ande sempre com dinheiro quase contado).
    Mas essas instituiçoes sao diferentes. E às vzes sao muito chatas, digamos de passagem. Se uma pessoa quer ajudar, vai ter cm a pessoa, não e necessário andarem a seguir ninguém.
    Mas não fiques a pensar muito nisso, principalmente porque, como disseste, ajudas das outras vezes. Pra a próxima será a Unicef. E também tens direito a umas castanhinhas, ora essa!

    :) E a faculdade, como está a correr? A praxe? :p

    Beijinho*

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  2. Óbvio que gosto de receber comentários, mas ninguém é obrigado a isso. Até porque, eu própria, sou uma péssima seguidora dos blogs que leio. (a)

    Quanto à faculdade, estou a gostar imenso do meu curso, acho que desta acertei. Sinto algumas dificuldades porque vou da área de ciências para artes e humanidades e há muitas coisas que nunca ouvi na vida, mas está a ir.

    Quanto às praxes... não fui praxada, porque acho as praxes uma valente estupidez. "Ah, as praxes são para integrar o aluno" Está bem, eu não fui praxada e estou bem integrada, não tive de rebolar na lama, nem ser humilhada nem insultada. Para alem de que tenho praticamente "tolerância zero" em termos de faltas e as praxes - pelo menos na minha faculdade - grande parte eram durante as aulas. Prefiro investir no meu conhecimento do que andar a ser praxada. Alem disso, perder uma aula é perder imensa matéria, quanto mais durante quase um mês de praxes.

    ps - e a resposta foi quase maior que o próprio post. x) hum, devia fazer um post sobre isto.

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  3. Não é obrigatório mas adoro o tu blog, adoro o que escreves e como escreves portanto gostava imenso de falar mais contigo :p

    Sobre a praxe eu concordo a 100% contigo. Mas algures percebi que terias alguma praxe; pelos vistos percebi mal.

    Eu estou pelo 4º ano na faculdade, e posso dizer que perdi o primeiro ano por usa da praxe. A minha praxe era horrivel, sentia-me sempre humilhada, e como eu demonstrava resistencia (custava-me imenso rebixar-me a gajas mais baixs que eu e a gajos mais burros que eu),mas sempre fui tentando. Até que percebi que nem os caloiros valiam muito como pessoas, porque deixavam de falar com quem saísse da praxe ( o que aconteceu comigo quando sai). Só que saí tarde demais, a pressão psicológica que tinha fez-me estar fora das aulas sem cabeça para estudar e acabei por perder as disciplinas do primeiro semestre. As d segundo eram seguimento, portanto fiquei um ano para trás. Foi horrível, e arrependo-me imenso.
    Mas se te integraste bem é bom saber que nas outras faculdades não é como na minha/meu curso.

    Estás em Artes e Humanidades, certo?

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  4. Awwww... agora deixaste-me sem palavras. Muito obrigada! :') És muito simpática.

    Nunca fui praxada, já na minha faculdade anterior não fui às praxes. E sinceramente não tinha diferença nenhuma entre mim e os meus colegas que foram. Apenas eu não andei a rebolar no estrume da vacaria, nem a mergulhar em lama e coisas afins. Eu já fiz os meus pais perder dois anos de propinas quando estive em Biologia e estive mais dois anos sem fazer nada - well, quase. ainda fiz uns cursos de linguas e isso, mas por exemplo nunca consegui arranjar um trabalho para não ser um simples fardo. E, sinceramente, eu não quero fazer os meus pais gastarem dinheiro, comigo, mais do que é necessário.

    Quanto à integração, é óbvio que foi complicada no inicio, até porque eu não tenho uma "turma" por assim dizer, ou seja, eu só vejo X ou Y pessoa numa cadeira especifica, a menos que tenhamos outra cadeira em comum e a sorte de ser o mesmo horario (não sei se me fiz entender xD). Daí que no inicio tinha muitas dificuldades em falar com as pessoas e isso, até porque eu sou meio que socialmente incapacitada. xD Mas enfim, são coisas que se vão resolvendo com o tempo e melhorando. :)

    Sim, estou no curso de Artes e Humanidades e estou a gostar imenso e já estive a ver as minhas opções para os próximos anos e estou desejosa! :D

    btw, estás em que curso?

    ps - isto está a virar chat... se quiseres podes enviar um email para o email do blog e arranjamos uma forma de conversarmos melhor. ;)

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